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  • Foto do escritorNanda Ricci

TERREMOTOS DA VIDA – ABALOS NAS ZONAS DE CONFORTO


O que é zona de conforto?

Você já sentiu que precisa mudar algo em sua vida ou em uma situação especifica?

Apesar de sermos seres em constante evolução, em busca de bem-estar em diversos sentidos, algumas vezes nos deparamos com situações que são extremamente conhecidas por nós e que de alguma forma não gostaríamos de ter a necessidade de mudar, mesmo que aquela situação nos seja nociva de alguma forma. São nossas zonas de conforto, aqueles “lugares” onde estamos acostumados a estar, nos adaptamos, conhecemos profundamente o seu mecanismo.

Vamos dar um exemplo: Você está em um relacionamento, e de uns tempos para cá, está se sentido incomodado (a), algo não está bem, existe um desconforto. Você não sabe exatamente o que está lhe dando essa sensação, mas não se sente bem com isso. Então você pensa – isso deve ser coisa da minha cabeça, é apenas uma fase, ele (a) anda muito estressado (a) com o trabalho, eu ando estressado (a) com o trabalho. Então, tenta esquecer, tenta não pensar no desconforto que está sentido e vai seguindo. O tempo vai passando e você começa a se “acostumar” com o incomodo, você continua a evitar pensar sobre isso até que chega um momento que você se adapta e passa a sentir que aquilo “é assim mesmo”.

É comum ouvirmos coisas como: É a vida! As coisas são assim mesmo. Ou ainda – isso é o que eu tenho. Essas são frases, muitas vezes, que indicam estarmos em uma zona de conforto, onde mesmo não estando satisfeitos, mesmo sabendo que poderia ser diferente e/ou melhor, estamos tão acostumados e seguros de estar ali, que não nos atrevemos a nos mover desse lugar.

Você pode querer ficar nessa zona de conforto para sempre, a escolha é sua. Mas dificilmente vai conseguir porque nossa existência se baseia em buscar nosso bem-estar, é um fator de autopreservação.

Todos nós temos um mecanismo natural que identifica o que nos faz bem e o que não faz, a partir disso, fazemos nossas escolhas, conscientes ou não, do que devemos nos aproximar e do que devemos nos afastar, isso vai além do instinto, somos capazes de fazer planejamentos, pois percebemos que se decidirmos nos privar de algo que parece bom no momento isso vai nos trazer benefícios futuros.

Por exemplo, se estivermos em um descampado, deitados em uma grama confortável, aproveitando a luz do sol, num momento extremamente prazeroso, essa é uma situação que queremos manter pelo maior tempo possível, não é? Mas de repente, um animal selvagem aparece. Imediatamente vamos querer nos afastar desse animal porque ele representa perigo de vida. Decidimos abdicar de um momento de bem-estar em prol de uma recompensa futura, continuar vivo. Assim funciona esse mecanismo e por isso as zonas de conforto são perigosas, normalmente temos dificuldade de nos afastar dela e essa atitude coloca nosso bem-estar em risco.

Percebendo os sinais sísmicos

Seguindo na analogia dos terremotos, os abalos sísmicos são uma súbita liberação de energia na crosta, normalmente por conta do choque entre placas tectônicas. Somos seres racionas e emocionais, duas placas tectônicas que se completam e algumas vezes entram em conflito, que liberam emoções e pensamentos desalinhados que abalam nosso bem-estar geral ou em relação à uma situação específica.

Vamos utilizar ainda o exemplo do relacionamento citado anteriormente. Aquela situação se tornou uma zona de conforto onde apesar de não ser a ideal e que oferece maior bem-estar, ainda nos mantemos nela pois é mais fácil se adaptar do que mudar. Quantos de nós já não passamos por isso, de nos mantermos em relacionamentos nocivos por puro comodismo, isso é muito comum, mas não é saudável.

Nosso mecanismo de autopreservação começa a dar sinais de um terremoto está para a acontecer, de algo precisa ser mudado e/ou melhorado.

  • Aumento de ansiedade quando em contato com a situação.

  • Estados depressivos cada vez mais frequentes. Estados emocionais negativos cada vez mais prolongados.

  • Desmotivação e desanimo, que chegam a atingir áreas da vida que nem estão diretamente ligadas à questão.

  • Emoções e pensamentos conflituosos, conflitos internos.

  • Passamos a agir de forma automática com relação a situação sem tomar consciência de nossas ações.

Todos esses sinais tendem a se intensificar e acabamos por transformar nossas vidas em algo insuportável. Fora os efeitos físicos como dificuldades de dormir, dificuldade de focar e algumas vezes até distúrbios compulsivos como fumar mais, comer mais, comer menos, roer unhas entre tantos outros.

Então a pergunta: quanto tempo você acha que vai conseguir viver assim?

Bem, existe um caminho a percorrer até que você se liberte dessa zona de conforto, precisaríamos de muitas páginas para chegarmos ao final desse caminho, o intuito aqui é conhecer os sinais, tomar consciência de que estamos passando por um terremoto. Mas é preciso começar por algum lugar, nem que seja apenas perceber. Para isso vamos considerar dois pontos:

1 – Não ignorar os sinais “sísmicos”, quanto mais tempo em uma zona de conforto mais “confortável” fica e mais difícil de se mover ou desapegar da situação. É preciso lembrar que o objetivo de todos é alcançar a felicidade que nada mais é do que vivências que trazem bem-estar. Desistir de sentir-se bem, é se autoflagelar.

2 – Não se para um terremoto, ele começa e só para quando toda a energia gerada for usada. Todos os efeitos do desconforto ou insatisfação com uma situação só tende a aumentar. O ideal é buscarmos formas de diminuir os estragos causados, buscando movimentar-se em direção daquilo que nos faz bem.

Vamos cavar?

Eu gosto de pensar que o trabalho de coach é cavar no íntimo, em níveis mais profundos da consciência das pessoas com perguntas. Perguntas que abrem novos acessos a memórias, pensamentos, sensações, vivencias que podem ajudar a solucionar diversas situações. Então eu vou propor, que se fizer sentido para você, tente responder algumas perguntas e analisar suas respostas:

  1. O que eu estou sentindo? Qual o nome da sensação e/ou emoção?

  2. O que nessa situação e/ou momento, ainda é positivo de alguma forma para você?

  3. O que depende de mim realizar, para mudar e/ou melhorar essa situação e/ou momento?

  4. Como vou me sentir quando estiver fora dessa zona de conforto, quando essa situação melhorar ou mudar?

Tente fazer esse exercício se fizer sentido para você e se tiver vontade de compartilhar suas respostas comigo, fique à vontade para mandar um e-mail. Meu compromisso como coach é jamais julgar e respeitar a vida e as histórias das pessoas que me procuram.

Obrigada por ler, espero que tenha sido útil de alguma forma.

Até a próxima.


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