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  • Foto do escritorNanda Ricci

Os 07 pilares da autogestão


Em décadas de trabalho com desenvolvimento de talentos, pude ter certeza de que o que faz pessoas terem sucesso e felicidade — segundo a percepção de cada um — é a capacidade de assumir o controle sobre si diante das circunstâncias da vida e para buscar a realização de seus objetivos, é a capacidade de autogestão pessoal. Sim, pois, existe a autogestão que se refere a uma forma de gerenciar organizações e empresas. Cada autor pode definir a autogestão de uma forma geral, eu entendo que ela seja baseada em 07 pilares: 1. Organização 2. Criação de metas 3. Gestão de tempo 4. Autorresponsabilidade 5. Inteligência emocional 6. Automotivação 7. Produtividade significativa

Quando uma pessoa consegue entender e usar esses pilares de conscientemente, a vida fica mais simples. Não significa que não haverão problemas, mas que o individuo conseguirá passar pelas adversidades com mais facilidade e alcançar os resultados com mais rapidez apensar das adversidades da vida, será a causa e não o efeito da vida que tera. Pessoas que praticam a autogestão pessoal são mais equilibradas emocionalmente, tem alta resiliência e persistência, são ponderadas e conseguem tomar decisões mais acertadas, se sente mais seguras e autoconfiantes por saberem o que querem e como fazer para chegar lá. Então, vamos entender melhor os 07 pilares da autogestão pessoal.

ORGANIZAÇÃO Organizar significa colocar em ordem com base em parâmetros, prioridades e desapegos. Para assumir o controle se seus resultados na vida, esse é o primeiro passo. A organização deve acontecer externamente, mas principalmente internamente. Parar para organizar seus pensamentos, sentimentos, comportamentos de modo a identificar o que vale a pena manter, o que precisa ser modificado e o que será necessário ignorar para obter o que se deseja. Perguntas que vão te ajudar a organizar-se internamente. A partir do objetivo que deseja alcançar ou problema que deseja resolver, pense: Quais emoções e pensamentos recorrentes tenho quando foco nesse objetivo? ⚠️ Preste atenção, principalmente, em emoções negativas e pensamentos de incapacidade. Que comportamentos e ações realizo que não estão me ajudado? ⚠️ A honestidade consigo é extremamente importante nesse momento, é necessário assumir responsabilidades, só assim poderá controlar. Quais seriam as ações e comportamentos ideais para me ajudar a conquistar esse objetivo? ⚠️ Não julgue ou se preocupe nesse momento quanto a sua capacidade de realizar. Estamos na fase de organização.

DEFINIR METAS Se é você quem comanda sua vida, é você quem precisa definir o que precisa buscar. Definir metas significa decidir de forma consciente o que precisa acontecer para você chegar onde quer. Pode ser uma conquista, a solução de um problema, uma mudança, pode ser grande ou pequena, simples ou complexa. O mais importante é que a meta seja: 🔸️Clara: descrita exatamente como pretende que seja o resultado. 🔸️Objetiva: com foco em uma situação de cada vez. 🔸️Realista: viável dentro das suas condições de realização. 🔸️Propositiva: que tenha como base um motivo muito relevante para que valha a pena o esforço. 🔸️Autônoma: quando alcançá-la só dependerá de você. Vejamos um exemplo simples. Cenário: uma pessoa sente que seu dia não está rendendo, pois, está acordando tarde. Sai de casa sempre atrasada e na correria. Ela organizou seus pensamentos, emoções e entendeu que a solução mais plausível é acordar antes. 🔸️Clareza: acordar uma hora antes. Às 6h e não às 7h 🔸️Objetividade: acordar 1h antes para tomar banho, preparar o café da manhã e se vestir sem correria. Essa hora será exclusiva para essas tarefas. 🔸️Realista/ viabilidade: uma hora a menos de sono não fará muita diferença, é perfeitamente possível. Coisa que não seria possível se determinasse acordar 2h antes, pois ficaria cansada e de mau humor. 🔸️Propósito: sentir-se mais tranquila e começar o dia sem estresse, o que tem causado problemas para ela. Se sentirá muito melhor e isso é muito importante para ela. 🔸️Autonomia: essa ação depende totalmente dela, o único obstáculo será ela mesma. Outros pilares da autogestão vão ajudar com isso.

GESTÃO DE TEMPO Quando estamos falando em autogestão, gerir o tempo vai muito além de usar uma agenda ou lista de tarefas, estamos falando de nossos sentimentos, pensamentos e comportamentos em relação ao tempo e nossas realizações. Você entende sua necessidade, se organiza, determina suas metas e então é hora de agir. Os dias, semanas e meses vão passar independente das suas metas, elas têm que se encaixar nesse tempo e não o contrário. A primeira coisa a fazer é tomar consciência de algumas variáveis:

TEMPO X ATIVIDADES X DISPONIBILIDADE Tempo: Como uso o meu tempo? O ideal é fazer um mapeamento durante alguns dias para você adquirir plena consciência de onde como ocupa seu tempo. Nesse momento, o objetivo é identificar quanto tempo usa com quais atividades. Atividades: Das atividades mapeadas, a ideia é organizá-las em categorias como, por exemplo: Rotineiras e Obrigatórias: aquelas que são imprescindíveis, que representam sua responsabilidade com o trabalho, com a família e com seu bem-estar. Desnecessárias e prejudiciais: Aquelas atividades que não trazem nenhum benefício real, que servem apenas para distrair e estimular a procrastinação, Ineficazes: aquelas que estão sendo realizadas de forma ineficaz, ou seja, que podem sem otimizada, melhor realizadas, para economizar tempo e energia. Depois da categorização, vem a seleção. Você terá que encaixar as atividades referentes a sua nova meta no seu dia a dia, por isso é importante usar esse tempo com inteligência, eliminando tudo que não serve para nada e abrindo espaço para suas atividades mais relevantes. Aqui, podemos encontrar alguma resistência interna, deve haver um certo desapego e principalmente, evitar a autocomplacência — “Ah! Eu assisti um episódio, mas eu mereço assistir 3 né!” Gerir tempo vai exigir de você: Capacidade de foco, ou seja, estar de olho na meta estabelecida, no alvo que você determinou Disciplina, que significa obedecer às regras — as que foram estabelecidas por você mesmo quando decidiu que deseja realizar um objetivo. E por último e não menos importante, autocontrole. Você será tentado a procrastinar, a desistir diante de um desafio, mas você está consciente do que quer e de como chegar lá, só depende de você.

AUTOMOTIVAÇÃO Existem 2 categorias de motivação, a externa e a interna. Aquela que manterá você no seu foco, que vai te erguer em momentos difíceis, é a interna. Motivação interna tem a ver com o seu motivo. Não o óbvio e sim aquele que só você consegue ver e sentir. Por espantoso que possa parecer, encontrar sua motivação é simples, o que não significa ser fácil. Gosto muito da TÉCNICA DAS 3 OU 5 PORQUÊS A partir do objetivo que você determinou você aprofundará as respostas para ir “descascando” as camadas do seu motivo até chegar naquele que realmente vai de ajudar a continuar mesmo quando qualquer um desistiria. Frequentemente encontramos o veredeiro propósito no 3º porque, mas com certeza não deve passar do 5º. Usaremos um exemplo: quero economizar dinheiro. 1º Porquê: Porque quero economizar dinheiro? Dê sua resposta, por exemplo: para comprar minha casa. 2º Porquê: Porque quero comprar minha casa? Dê sua resposta, por exemplo: para não pagar mais aluguel. 3º Porquê: Porque não quero mais pagar aluguel? Dê sua resposta: para me sentir seguro e saber que terei sempre um teto sobre minha cabeça e da minha família. Valide a resposta: quanto pensar em sua família segura, sem preocupações de não saber onde morará, sem ter medo de deixar a Terra e seus filhos não terem para aonde ir, é importante para você de 1 a 5? Nessa hora, normalmente você sente a emoção positiva ao pensar nos ganhos que terá. Ou seja, o que você realmente quer é segurança para você e sua família. Sempre que sentir que as coisas estão difíceis, que um obstáculo aparecer, lembre-se da sensação que sentiu ao pensar na segurança da sua família, é isso que vai te ajudar a continuar, essa é sua verdadeira motivação. Faça o teste e me conte.

AUTORRESPONSABILIDADE Para início de conversa, precisamos não confundir responsabilidade com culpa, ao se responsabilizar por sua vida, seus atos e seus resultados, sejam eles bons ou nem tanto, não implica em culpa e punição, apenas em aprendizado. Isso é responsabilizar-se. No processo de autogestão a autorresponsabilidade tem 2 aspectos: 1. Aquilo que você pensa, sente e faz consigo 2. Aquilo que pensa, sente e faz com o outro Tudo que parte de você vai interferir nos seus resultados, mesmo que a intenção seja atingir o outro. Autorresponsabilidade implica em ter: Ética: Quero? Preciso? Posso? Devo? — responder esses questionamentos vai ajudar a decidir se algo é ético consigo e o outro. Princípios: Com base em quê? Quando você pensa, sente ou age, essas ações estão baseadas em quê? Por exemplo: viver uma vida com base na preguiça, na reclamação, no pessimismo causará problema para você e para os outros. Ao contrário se suas ações são baseadas nos princípios de honestidade, bondade, agilidade, persistência, as coisas vão ser bem melhores. Pense em que estão baseadas suas ações, porque faz o que faz e como faz? Dica importante — O que não quero para mim, não devo querer para o outro. Valores: O que tem valor para mim? Algumas pessoas confundem valores com princípios. Princípios são bases boas ou não para determinam comportamentos, valores são tudo que tem valor e importância para mim. Valores podem depender da sua criação, do meio em que vive, os sonhos que almeja. Por exemplo: uma pessoa dá muito valor ao dinheiro e outra não — quem está certo? As duas estão, pois, valores são pessoais e individuais, você deve focar naquilo que tem valor para você e usar os bons princípios — como não julgar o valor do outro — para agir. Tudo que fazemos tem uma consequência relativa, ou seja, se sou ético, uso de bons princípios e sigo meus valores, aquilo importante para mim — tenho um resultado X. O contrário é verdadeiro. Você sempre tem escolha e se resultar em algo bom, o mérito é todo seu. Se as coisas derem errado, a responsabilidade também. Aprenda com aquilo que deu errado e faça diferente, comemore aquilo que deu certo e repita.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL Esse é um termo bastante conhecido de todos, o que não significa que as pessoas buscam desenvolver essa capacidade. Infelizmente a grande maioria dos nossos fracassos e dificuldades está na falta de gestão emocional. Nos princípios de autogestão pessoa, a inteligência emocional tem um papel extremamente relevante, suas emoções indicam o que está acontecendo internamente, te mostram como você esta interpretando o mundo. Quando em equilíbrio e consciente, elas nos dão a direção, são como uma bússola, mas quando elas nos dominam podem nos levar ao erro, a comportamentos ineficazes e resultados ruins. No momento em que você decide buscar um objetivo, passou por todos os pilares anteriores, gerir emoções ajudará você a se recuperar de uma queda ou erro, a parar e pensar melhor antes de agir, vai te inspirar gratidão pelas conquistas, vai ajudar nos relacionamentos com as pessoas envolvidas nos seus projetos — direta ou indiretamente. Entenderemos resumidamente como cada emoção pode ajudar você nos processos de realização e autogestão da sua vida. Medo: Ao contrário do que pode pensar, o medo não é ruim, pelo menos não quando ele esta gerenciado por você e não te trava. Sua função é impedir que ajamos por impulso, que tomemos decisões imprudentes e imprecisas. É uma emoção de baixa ação, de introspecção. Tristeza: Também é uma emoção de baixa energia de ação. Muito importante para nos ajudar a recuperamos de decepções, erros e fracasso. Ela vai nos colocar introspectivos, para podermos pensar no que houve, quais coisas podemos fazer diferente, como podemos nos recuperar. Sentir e processar acontecimentos incômodos, ajusta nossos pensamentos e nossas ações. Alegria: é uma emoção de ação, ela nos move, faz com que tenhamos ânimo diante dos dias e tarefas a cumprir, nos estimula a gratidão pelas conquistas, nos dá uma visão mais positiva das coisas. Raiva: Também é uma emoção de alta energia de ação, ela nos ajudar a assumir nossa posição diante de conflitos, limita nosso espaço, nos superar alguns limites, faz com que a gente se mova com mais assertividade.

PRODUTIVIDADE SIGNIFICATIVA O nome pode parecer estranho, mas esse pilar nos guia para termos foco em nosso objetivo onde todas as prioridades e ações importantes são para chegar ao resultado desejado. Dentro desse pilar temos: Foco no resultado: é justamente manter em sua lista de afazeres apenas ou a maioria de ações que vão levar você ao resultado desejado. Quando pensar em procrastinar, lembra do foco. Quando pensar em parar para observar a vida dos outros nas redes sociais, lembra do foco e troque por ações mais significativas. Propósito: Não falaremos do significado filosófico do propósito, e sim entende-lo como o porquê das coisas. Todas às vezes que pensar ou começar a executar uma ação, pergunte: qual o propósito dessa ação? É relevante para o meu objetivo? — Se sim, siga. Se não, troque. Priorizar a si: dar prioridade às suas necessidades, desejos não significa ser egoísta, significa ter autoamor. Claro que continuaremos ajudando quem amamos quando necessário, mas precisamos pensar se o que nos pedem ou esperam de nós, nos faz mais bem ou mais mal. Exemplo: Você tem uma ligação muito importante para fazer, dela depende o próximo passo na sua realização. Alguém da sua casa te pede para levar o lixo. O que você faz? O ideal é dizer, assim que eu realizar essa ligação, eu levo o lixo. Esse é um exemplo até bobo, mas ajuda a entender o que significar priorizar. Agora, se você imediatamente abandonar a intenção de realizar a ação relevante para atender as necessidades do outros, temos uns pontos a refletir: a) Essa ação está conectada a um proposito? Ela é realmente relevante a ponto de não procrastinar? b) Você tem dificuldades de dizer não e se colocar em primeiro lugar. Dizer não: parece simples a princípio, mas quem tem dificuldade algumas vezes nem percebe. Se você quer realmente gerenciar sua vida e suas ações, precisa saber que isso acontecerá com frequência. Somos seres sociais e uma de nossas necessidades é a de sermos aceites em um grupo de interesse — família, amigos, colegas de escolha, relacionamentos amorosos — e por essa necessidade temos medo de negar algo a essas pessoas importantes com receio de sermos excluídos ou mal vistos. Não vou mentir, é um risco que se corre, aí você tem uma decisão a tomar, o que vai doer mais? Alguém ficar emburrado momentaneamente com você ou não chegar onde você mais deseja?


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